quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

LITERATURA MEDIÚNICA



A quem interessa a visão religiosa no Espiritismo?
Onde há a divulgação doutrinária?
Romances medíunicos e obras com mensagens não substituem a Codificação Espírita.
Fora da Codificação Espírita não há obras complementares,apenas obras paralelas;que expressam opiniões pessoais desse ou aquele autor.
Vemos, cada vez mais, o aumento do número de editoras e livros publicados, existem sempre novos lançamentos.
Em termos de quantidade a Doutrina Espirita esta farta, mas e em termos de qualidade?



Em se submetendo todas as comunicações a um exame escrupuloso, em se lhes perscrutando e analisando o pensamento e as expressões, como é de uso fazerem-se quando se trata de julgar uma obra literária, rejeitando-se, sem hesitação, tudo o que peque contra a lógica e o bom-senso, tudo o que desminta o caráter do Espírito que se supõe ser o que se está manifestando, leva-se o desânimo aos Espíritos mentirosos, que acabam por se retirar, uma vez fiquem bem convencidos de que não lograrão iludir. Repetimos: este meio é único, mas é infalível, porque não há comunicação má que resista a uma crítica rigorosa. Os bons Espíritos nunca se ofendem com esta, pois que eles próprios a aconselham e porque nada têm que temer do exame. Apenas os maus se formalizam e procuram evitá-lo, porque tudo têm a perder. Só com isso provam o que são.
(O Livro dos Médiuns, cap. XXIV, item 166)


Não podemos esquecer uma coisa muito importante: Leis Naturais.
Assim, em toda a ciência, tem por base as teorias que repousam sobre as leis naturais.Quando procuramos conhecê-las,diferençamos o joio do trigo.No caso das opiniões pessoais, tendem sempre a contrariá-las e, aí, de posse de uma base sólida, podemos perceber as contradições.Como podemos ver não é mais um tempo de linha de pensamentos, mas sim,de conhecimento de Leis Naturais, isso é ciência.Nela devemos confiar.


Obras Póstumas

O princípio do melhoramento está na natureza das crenças, porque estas constituem o móvel das ações e modificam os sentimentos. Também está nas idéias inculcadas desde a infância e que se identificam com o Espírito; está ainda nas idéias que o desenvolvimento ulterior da inteligência e da razão podem fortalecer, nunca destruir. É pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a Humanidade.(Allan Kardec)

As pessoas que se posicionam perante a Doutrina Espírita com uma fé cega,se contradizem a si mesmas,pois acreditam professar algo no qual não levam a sério as propostas nele inseridas;por falta de comprometimento real e, com isso,nada se estuda e nem se aprofunda. Se ofendem facilmente quando percebem que são questionadas naquilo que acreditam e pensam que é doutrinário.
Aí,permanecem numa postura defensiva de se dizerem 'modernas' e que 'Kardec não disse tudo' e,rotulam aos outros, de intolerantes e arrogantes;porque não querem mudar a maneira como enfocam a Doutrina e querem que se aceitem as suas visões pessoais como uma liberdade individual de escolha.Suas bases se reportam a obras com mensagens e/ou romances dito 'mediúnicos' e se dizem muito ecléticos e sabedores dos milenares conhecimentos de determinadas correntes de pensamento que confundem com o contexto doutrinário(que errôneamente pensam que atualizam o Espiritismo).



Certamente, nossas crenças e valores, serão modificados ante o conhecimento bem compreendido, que virá pelo exercício da inteligência; onde a razão , essa faculdade de examinar e estabelecer relações de lógica rigorosa, será nosso guia seguro.

Os que agem pela fé cega demonstram que as conviccões pessoais(íntimas)ainda estão no campo de não se constituirem melhores valores e, com isso, não modificando sentimentos; só podem agir em concordância com a natureza que se edificou apenas na fé cega.

Resumindo:
A fé que lhes guia não lhes modificam os sentimentos.


Os livros dito 'espíritas' vendem milhões de exemplares e empolgam um público cada vez maior, mesmo sendo escritos por autores desconhecidos e adotando conteúdos questionáveis.

Todo médium que escreve seus livros, tem editora própria.Muitos médiuns estão usando o dinheiro dos livros para uso próprio.As editoras estão milionárias:as principais obras que mais vendem são da Zíbia entre tantos autores; e a editora Petit fatura alto e a Lúmen editorial também se enriquece...


É esse mercado fiel e cativo que faz de Zibia Gasparetto uma best-seller. As prateleiras com seus livros estão sempre repletas de leitores. Ela chegou a emplacar quatro títulos na lista dos dez mais vendidos – um em primeiro lugar. São mais de 4 milhões de exemplares de livros, em sua maioria feitos em “parceria” com o Espírito Lúcius.
Foi depois de ficar viúva que Zíbia começou a conquistar o prestígio do qual desfruta atualmente. De típica dona de casa tornou-se empresária. É dona, ao lado dos filhos Luiz Antônio (também autor) e Silvana, da Editora e Gráfica Espaço Vida e Consciência.

Ao contrário de Chico Xavier, Zíbia lida de forma mais tranqüila com o que ganha. Em recente entrevista a um site espírita, declarou: 'Quando comecei a ler sobre as leis da prosperidade, descobri que bloqueava o seu fluxo. Tinha muito preconceito contra o dinheiro, por achar que não era coisa espiritual. Mas não é verdade que alguém seja incapaz ou que não tenha condições de fazer fluir a prosperidade em sua vida – não só a financeira, mas também a prosperidade em termos de felicidade, alegria, saúde e tudo o mais que a componha'.


A questão é realmente preocupante.
O controle da universalidade e concordância do Ensino dos Espíritos que, na época de Kardec, era feito por ele e,conjuntamente,com o contributo dos Espíritos Superiores.Atualmente,deveria se ter mais editoras sérias,que não estejam preocupadas apenas com o lucro.


Allan Kardec, na fase da estruturação do Movimento Espírita, sabia que outros livros, que não os de sua autoria, seriam lidos pelos neófitos do Espiritismo, ávidos de informações do Além-túmulo; sabia, também, que algumas daquelas obras poderiam confundir o leitor inexperiente e, em razão disso, durante todo o tempo que editou a Revista Espírita, entre 1858 até 1869, foi incansável leitor das obras, mediúnicas ou não, que fizessem referências aos fenômenos espíritas e ao Espiritismo como Filosofia e Ciência,de consequências morais. Não as lia com o critério de quem fiscaliza, de quem acredita ser o único que dispensa a luz, mas sim de quem quer se informar, conhecer e informar aos seus leitores da coerência ou não daquelas obras com os postulados da Doutrina que nascera com O Livro dos Espíritos. No período de onze anos, o codificador publicou, aproximadamente, 140 comentários bibliográficos, analisando forma e conteúdo dos livros, dizendo o que pensava a respeito e orientando o leitor que os lesse com espírito crítico, separando o joio do trigo.

Com relação às obras mediúnicas, sua preocupação dobrava, pois conhecia a tendência natural das pessoas simples e de boa vontade em acreditar, sem muitas indagações, no que se dizia ser ditado pelos Espíritos, esquecendo-se serem eles tão defectíveis quanto os homens da Terra. Eis por que chamou a nossa atenção para as graves conseqüências do médium fascinado, que dá guarida aos Espíritos brincalhões, pseudo-sábios, mistificadores e interessados unicamente em combater o Espiritismo. Escreveu:

'A fascinação tem conseqüências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem.

Já dissemos que, muito mais graves são as conseqüências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.'
Como poderá levar – acrescento– aqueles que seguem suas teorias e procedimentos.


Ora, se o médium não analisa criteriosamente o que escreve em nome de tal ou qual Espírito, antes de o publicar, porque não tenha condições intelectuais ou porque esteja envaidecido com sua obra, o ônus será do leitor que - não acreditando em todos os Espíritos -, terá que ler entre linhas as sutilezas dos argumentos aparentemente válidos, mas, na realidade, não conclusivos, e que deixam claro a intenção de gerar dúvidas. São os sofismas: argumento que parte, muitas vezes, de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, mas que não chega a uma conclusão consonante com o conjunto lógico da Doutrina Espírita.

Proliferam, tal como ocorria à época de Kardec, os livros que se insinuam como de natureza espírita, de autores encarnados e desencarnados; mas que, na verdade, têm conteúdo duvidoso, prenhe de sofismas, contribuindo para gerar confusão, tentando destruir o que já se construiu de bom no Movimento Espírita. Diante disso, como deve agir o leitor menos experiente que não tem mais o professor Allan Kardec para o orientar? Estude a Codificação Espírita.

Autor espiritual - Segundo o seu estágio evolutivo e sua filosofia de vida, o Espírito poderá ditar ensinamentos divergentes dos contidos no corpo da Doutrina Espírita ou falar meias-verdades. Nem todos os Espíritos são espíritas.

Médium psicógrafo – Temos nomes consagrados no Movimento Espírita que já receberam e recebem bons livros. Mas não os endeuse. São tão defectíveis como qualquer outro ser humano. Não devemos esquecer que 'Um médium é instrumento pouquíssimo importante como indivíduo. Por isso é que, quando se têm instruções que devem aproveitar à generalidade dos homens, os Espíritos se servem dos que oferecem as facilidades necessárias.' Ora, para falar da doutrina codificada por Allan Kardec, as facilidades que podem encontrar os Espíritos no médium, serão, sem dúvida, o seu alinhamento com as Obras Básicas. Alguns médiuns são dissidentes.


A editora é garantia? – Algumas merecem a nossa confiança no que publicam em relação ao Espiritismo, outras oferecem livros que têm conteúdo mesclado, trazendo ensinamentos espiritualistas, mas não espíritas. As editoras laicas vêm publicando livros já consagrados como espíritas. Para essas, quem dita seu comportamento é o mercado.


Somente uma leitura criteriosa da obra por quem conhece os princípios básicos da Doutrina vai garantir que se trata ou não, de um livro espírita, podendo ser divulgado como tal. O Codificador nos convida a usar o bom senso e a atentar para o princípio da universalidade das comunicações mediúnicas, alertando-nos que '[...]As instruções dadas pelos Espíritos sobre pontos da doutrina ainda não esclarecidos, não teriam força de lei, enquanto permanecessem isoladas; só devendo, por conseguinte, serem aceitas sob todas as reservas e a título de informações.[...]Só devendo ser apresentadas como opiniões individuais, mais ou menos prováveis,mas tendo, em todo o caso, necessidade de confirmação.'

Ninguém está autorizado a condenar esta ou aquela obra literária que não esteja alinhada pelo Espiritismo, nos seus aspectos científico-filosófico,de consequências morais. Seria uma atitude contrária ao Espiritismo, que prega a liberdade de pensamento e de expressão. O Mestre de Lyon, orientando os interessados em estudar o Espiritismo, depois de relacionar algumas obras de sua autoria, acrescenta: “Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.”


Não devemos inferir, no entanto, do aconselhamento do Codificador, que as Casas Espíritas devam divulgar em seu meio, obras de conteúdo duvidoso e, muito menos vendê-las em suas bancas;em nome da liberdade de pensamento e de expressão, pois, agindo assim, estaremos contribuindo para disseminar a fascinação do escritor entre os freqüentadores da Instituição e fomentar a dúvida e a discórdia entre eles.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A FILOSOFIA ESPÍRITA TEM A MORAL MAIS PURA.



Como especialidade, 'O Livro dos Espíritos' contém a Doutrina Espírita (Filosofia Espírita).

Uma série progressiva de fenômenos espirituais,deram origem a Doutrina Espírita.Nenhuma filosofia se elevou ainda a tão grandiosa concepção da vida universal,nenhuma lecionou ainda moral tão pura! O Espiritismo foi apresentado ao mundo,apoiado na base inabalável da certeza científica.
O Espiritismo é uma ciência progressiva,baseia-se no Ensino dos Espíritos e na análise minuciosa dos fatos.
O Espiritismo é tão velho quanto o mundo.Anterior ao Cristianismo.Por isso mesmo,não se originou dessa religião e nem está vinculada a mesma.



A FILOSOFIA ESPÍRITA nos descortina a realidade espiritual,em seus princípios e leis específicas,nos remetendo à nossa origem e ao nosso futuro,como Espíritos imortais e perfectíveis,inseridos em leis eternas que não devemos transgredir.E sob o imperativo do princípio da reencarnação,evoluimos espiritualmente: intelecto-moralmente.

Abrange o ético, o racional e o epistemológico. Ou seja, não se trata de uma simples filosofia, onde o que domina é a especulação intelectual e a preocupação informativa. Kardec propõe uma base fundamental para a orientação e a transformação humana, unindo o teórico e o prático, não sendo, portanto, uma simples especulação metafísica.

Portanto, é possível identificar no Espiritismo, os fundamentos de uma filosofia racional (Epistemológica). Em 'Prolegômenos', introduzindo 'O Livro dos Espíritos', Kardec escreve 'Este livro é o compêndio dos seus ensinamentos(dos Espíritos).Foi escrito por ordem de DEUS e sob o ditado dos Espíritos Superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, livre dos prejuízos do espírito de sistema.'

A base da Filosofia Espírita que a diferencia de outras doutrinas é a questão da Fé Raciocinada.'Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade'.

A base da moralidade espírita está na PARTE TERCEIRA de O Livro dos Espíritos – Das LEIS MORAIS.Na ética é que a moral espírita se consolida filosoficamente. O Espiritismo, não por hipóteses mas por fatos, prova a existência do mundo invisível,a nossa imortalidade, como seres espirituais perfectíveis e o futuro que nos aguarda: dilata a nossa visão espiritual,evoluciona completamente o curso de nossas idéias; proporciona ao homem o progresso intelectual e o avanço moral.

A Filosofia Espírita alenta o coração;considera os infelizes,os deserdados deste mundo,como irmãos a quem devemos apoiar.É colocando-nos neste ponto de vista,que afirmamos ser uma simples questão de tempo,a distância que o selvagem mais embrutecido e o homem de gênio de um país civilizado.No domínio Moral,dá-se ainda o mesmo fato: perversos como Nero e Calígula,podem e devem,no futuro,elevarem-se espiritualmente,ininterruptamente,a luminosos destinos,que se perdem ao infinito.
O egoísmo é inteiramente destruído pelo Espiritismo.Esta Doutrina proclama que ninguém pode ser feliz se não amar seus irmãos e se os ajudar a progredirem moral e intelectualmente.Na lenta evolução das existências,podemos ser,por diversas vezes e reciprocamente,pai,mãe,esposo,filhos,irmãos,etc.Os efeitos diferentes que essas posições diversas fazem nascer,cimentam nos corações,laços poderosos de amor.
É pelo auxílio mutuamente prestado,que podemos adquirir as virtudes necessárias ao nosso adiantamento espiritual.

A PROPOSTA ESPÍRITA NÃO É EVANGELIZAR NINGUÉM.

Infelizmente,há uma exposição de imagens e conteúdos da vida de Jesus, que tentam introjetar nos espíritas(sei que é bem intencionado),mas não produzem os resultados que se almejam, com tal metodologia.Porque não fazem os espíritas descobrirem as verdades que trazem em si mesmos;eis a proposta espírita,por isso que ela é FILOSÓFICA E DE ALCANCE PEDAGÓGICO,para se autoconstruir o ser em formação. Na realidade,o espírita continua um ignorante de si mesmo, e o que é pior,acreditando que seguir os passos de alguém,irá proporcioná-lo uma mudança de 'fora para dentro',sem esforço pessoal para se autoconstruir, por valores morais autênticos,que serão exemplificados por ele e não que fiquem no contexto de um Espírito, que propagou tais ensinos...
Como se pode discutir temas atuais,na visão espírita,se não há estudo na Casa?Há um contrassenso dos dirigentes e até dos membros de tal lugar...NÃO SE ESTUDA E NEM SE APROFUNDA NA FILOSOFIA ESPÍRITA.
Se esperarmos que o 'Acaso'(que não existe),resolva as coisas,não haverá maturidade espiritual;pois,sem o contributo do estudo sistematizado da Doutrina Espírita e de uma metodologia que se embase na proposta doutrinária, e não em 'igrejismo' arraigado do Movimento Espírita;não haverá avanço intelecto-moral.
Para se atingir o senso moral,é necessário o exercício de nossa inteligência, em prol de nosso autoconhecimento e de nos instruirmos acerca dos conhecimentos espirituais,capacitando constantemente o nosso Espírito,na assimilação verdadeiramente sentida de tais aprendizados,em nosso dia a dia.Isso não se faz da noite para o dia,mas sim com perseverante disciplina moral.

Ciência e Filosofia,de consequências morais.
Trazer a Filosofia Espírita para as Casas Espíritas.Incentivando os espíritas a pensarem e a buscarem soluções,que estão em si mesmos.Não somos católicos ou evangélicos,para ficarmos falando em Jesus.O que se deve excluir,é a idolatria em torno da figura de Jesus.Temos de estudar as Leis Morais,que se encontram em 'O Livro dos Espíritos'.A Doutrina Espírita toma como objeto de estudo,o Ensino Moral(que pertence a Deus e não a Jesus),em dado período histórico.Jesus não é o ÚNICO modelo de perfeição,houveram outros Espíritos Superiores,que também propagaram ensinos morais.A moral é universal e não está vinculada apenas a um período histórico,denominado de Cristianismo.Cristianismo é religião.

Se perguntarmos a um espírita, que acredita que Espiritismo é religião e cristão;certamente,dirá que devemos praticar o Evangelho e seguir o mestre Jesus e etc.Que transformação se deve esperar,de tal postura religiosa?

Quando se submete aos 'parâmetros religiosistas',que fundamentam a evangelização(que nada tem de espírita)à Doutrina Espírita;ficam expostas as mazelas das velhas fórmulas religiosas,eivadas de conceitos cristãos(criados pelos homens),que não surtem o efeito esperado, nas mentes e nem dos corações de ninguém.Em realidade,apenas fica o exercício da memória e o verniz das atitudes,sem a correspondente reforma íntima.Jesus não é a figura central do Espiritismo e nem a Espiritualidade Superior o idolatra como fazem os que tem uma visão religiosa da Doutrina.

Jesus NÃO é a base da Doutrina Espírita!!
Por que não se fala em Deus e da grandiosidade de sua lei?A Doutrina Espírita já utiliza Jesus, como exemplo de boa moral e elevadas virtudes,há muito tempo;mas a PROPOSTA ESPÍRITA não foi e nem é, para se evangelizar ninguém.Mas estudarmos os ENSINOS MORAIS,sob o enfoque da FILOSOFIA ESPÍRITA.Senão,seria O ESPIRITISMO SEGUNDO O EVANGELHO e NÃO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.Há uma grande diferença.


Todo avanço é intelecto-moral.Não existe evolução moral,sem o contributo da inteligência.

A tendência religiosa da ampla maioria das instituições, tem sido o principal elemento de desvalorização da proposta consciencial e sociológica do Espiritismo. Fala-se muito de quase tudo, mas sem a profundidade e o alcance devidos, resultando em casuísmos, achismos e respostas opinativas, que não subsistem a comparação com os fundamentos da Doutrina.Substituem a FILOSOFIA ESPÍRITA – graças à simpatia dos responsáveis pelas atividades espíritas e, de roldão, os frequentadores – pela literatura mediúnica 'oficial', isto é, as obras psicografadas por médiuns famosos e ditadas por Espíritos considerados quase como 'unanimidades'; apesar de não terem, seus escritos submetidos aos mesmos parâmetros, do trabalho kardequiano (o Controle Universal do Ensino dos Espíritos).

Há mensagens mediúnicas de Emmanuel e Joanna de Ângelis,tentando transformar o Espiritismo, em mais uma seita evangélica, legando a segundo plano, não só a prudente FILOSOFIA ESPÍRITA de vida, como ainda as provas fenomênicas da existência de uma vida espiritual verdadeira, completamente diferente daquela que o Cristianismo, com Emmanuel e de Ângelis estavam pregando.

Mas o que podemos verificar é que impera esta mentalidade: não respeitam mais Kardec e, para os seguidores do tal Cristianismo redivivo, nada mais teria valor, senão, a salvação por Cristo, o exemplo de vida e o grande Mestre, responsável pelo nosso planeta.Jesus não é o nosso mestre,porque não somos seguidores dele.Praticamos a Lei de Deus.

Por que não adotamos a FILOSOFIA ESPÍRITA,em nossas vidas?
Por que não compreendermos,em significação e amplitude,os 'caracteres do HOMEM DE BEM'? E o 'conhecimento de si mesmo',fica relegado a segundo plano?

A Doutrina Espírita,em seu aspecto científico-filosófico,de consequências morais;basta para a compreensão real e não a idealizada de muitos...
Se a Doutrina tem consequências morais,elas decorrem de sua Filosofia.E não está circunscrita aos exemplos morais de Jesus,que são apenas objetos de estudo.
Isso não quer dizer que, não se possa citar os aspectos morais da passagem de Jesus na Terra.Mas não como faziam os jesuítas e tantos outros religiosos...as igrejas estão cheias de adoradores de Jesus,mas a reforma íntima que é bom...
Temos as Leis Morais,que nos patenteiam elementos mais significativos e abrangentes,inseridos no estudo da Filosofia Espírita.

Realmente,não existe progresso moral,sem o contributo da inteligência.Todo avanço é intelecto-moral.
Não se está desprezando o progresso moral,mas se enfatizando um processo de análise e aprofundamento,que nos proporcione se chegar a esse progresso moral.Se temos a Filosofia Espírita,que nos norteia o 'pensar' e o 'sentir',de forma a nos libertarmos de velhas fórmulas religiosas;credenciando o SER imortal a se autoconhecer,nos remetendo à NOSSA ORIGEM E DESTINAÇÃO,a se instruir nos conhecimentos espirituais,habilitando-se a aprender corretamente e a exemplificar tais conteúdos,na sua romagem na Terra;para que ficarmos CIRCUNSCRITOS ao que determinado Espírito, vivenciou moralmente?Devemos adotar o Espiritismo,como filosofia de vida e para isso,não se necessita que façamos, o que fazem as religiões que adotam tais posturas ineficazes e contraproducentes:seguir os passos de um dado Espírito e esquecermos de que podemos ser como ele.Mas para se conseguir tal coisa,necessário se faz que, abandonemos a IDOLATRIA E A VISÃO RELIGIOSA,que não permitem a evolução espiritual da HUMANIDADE.Senão,não teríamos a Doutrina Espírita.


É triste ver uma Doutrina tão mal compreendida e tão distorcida...É o atavismo religioso tão fortemente defendido e confundido com Doutrina Espírita.Misturam-se 'alhos com bugalhos'.Não há fundamentação lógica e principalmente,embasada no Espiritismo.

-Não há líderes no Espiritismo(seja Kardec e/ou Espíritos) e não preconiza a idolatria
para médiuns,autores e nem Espíritos.Ponto.

-A Doutrina Espírita não é obra do Cristo.Jesus não é Deus.Ponto.

-Ciência e Filosofia,de consequência morais.A Doutrina Espírita não é religião e nem cristã.Ponto.

-Jesus não é Espírito Puro e nem a figura central do Espiritismo.Ponto.

-Não existem colônias espirituais,vales,lugares circunscritos(como purgatório ou tido como inferno).Ponto.

-O mundo espiritual não é uma cópia perfeita do mundo material.Ponto.

-Não existem obras complementares(depois da Codificação)mas sim obras paralelas.Ponto.

-O Evangelho segundo o Espiritismo não é o livro principal e nem essencial.E nem os livros do médium Chico Xavier.Temos a Filosofia Espírita.Ponto.

-Não praticamos o Evangelho mas sim a LEI DE DEUS.Ponto.

-Os Espíritos Superiores não se reportam à Jesus(também um Espírito Superior).Ponto.

terça-feira, 7 de julho de 2009

UM ENSAIO ACERCA DA CIÊNCIA DO FUTURO.


Filosofia da Ciência Espírita – I – A Religião.

O Espiritismo é considerado por alguns, como mais uma filosofia espiritualista. Outros já o enquadram como uma Ciência rigorosa, empírica, não apresentando nenhum compromisso com princípios metafísicos. Outras correntes admitem um caráter eminentemente religioso e moral, sem reflexões filosóficas ou teorias científicas. Finalmente, há aqueles que o classificam como mais uma técnica de cura ou terapêutica de medicina alternativa.
O que é realmente o Espiritismo? Mas o que significa cada um desses termos e quais são as implicações desse entendimento? Vale a pena pensarmos nisso? Sabemos que sim, para descobrirmos os objetivos e o método em que se formou a Doutrina Espírita. E, para compreendermos melhor, estudaremos esses três conceitos.
Na verdade, desde a pré-história humana, quando o homem ainda não desenvolvera a escrita, percebemos a busca incessante da felicidade. E, para chegar à felicidade, as experiências terrenas sempre levam a um questionamento sobre a realidade e as causas dos fenômenos que nos envolvem.
Entretanto, segundo Allan Kardec, "sendo o progresso uma condição da natureza humana, ninguém tem o poder de se opor a ele. É uma força viva que as más leis podem retardar, mas não asfixiar."Vemos o ser primitivo inteiramente preocupado com a satisfação de seus interesses materiais. Nada podendo ainda conceber fora do mundo visível e tangível, imagina toda a realidade constituindo-se dos seres e das coisas com que se deparam. Mais tarde, torna-se necessário, para entender a si próprio, a compreensão do abstrato, para então, aos poucos, adentrar na essência espiritual da vida: a Verdade Real.

Nesse sentido, diversas formas (métodos) de obter o conhecimento da Verdade a respeito de numerosos assuntos (objetos) foram construídos pela sociedade, em todos os períodos da Humanidade. Não é necessário se estender e definir cada método, mas os estudiosos do saber humano classificam o Conhecimento em dois grande grupos: o não-racional e o racional. Toda obtenção passiva, exterior, sem análise, pertence ao primeiro grupo: as diferentes superstições, as ideologias e, como veremos a seguir, as religiões. Por outro lado, todo conhecimento elaborado, refletido, pertence ao segundo grupo: a Filosofia e a Ciência.
A primeira grande organização do saber foram as religiões. Sabemos que os objetos (os assuntos) principais de qualquer religião são a Existência de Deus e a Imortalidade da Alma. Derivada do verbo latino "religare", a religião representa um laço de união entre a criatura e o Criador. Por que, então, é classificada, de um modo geral, como uma forma não-racional do saber, até mesmo como uma superstição melhorada? Porque a esmagadora maioria desenvolve-se segundo o método da Revelação.
Revelar, do latim "revelare", cuja raiz é "velum", véu, significa literalmente "sair de sob o véu", figuradamente, descobrir, fazer conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. No sentido especial da fé religiosa, a revelação é sempre feita a homens privilegiados, designados como profetas ou messias, isto é, enviados, missionários, incumbidos de transmiti-la aos homens. Considerada sob esse ponto de vista, a revelação implica passividade absoluta; é aceita sem controle, sem exame, sem discussão. A submissão faz aceitar "de fora para dentro".

A religião em sua estrutura passiva, não permite que a população pense, conheça ou saiba usar os fenômenos para uma amplitude que nos contemple um avanço intelecto-moral.Nesse enfoque, os conceitos devem, então, ser intocáveis, como dogmas. Daí a necessidade de surgirem outros métodos para atingir a Verdade. Emergiram pensadores desafiadores da religião, não por rejeitarem alguns de seus conceitos, mas para produzirem o próprio conhecimento, mesmo errando, porém, com a possibilidade de discutir e usufruir o direito da Liberdade.
Na análise da construção do conhecimento,a primeira grande busca do ser humano foi em torno do sobrenatural,com conotações não-racionais,desenvolvendo as religiões,que,de modo geral,eram atreladas ao Estado,não permitindo ao indivíduo pensar livremente.
Indubitávelmente,o tríplice aspecto da Doutrina Espírita é: CIÊNCIA E FILOSOFIA,de CONSEQUÊNCIAS MORAIS.O termo "Religião" invalidaria o aspecto científico-filosófico.


A Doutrina Espírita não está associada à nenhuma seita(Cristianismo)que apresenta um contexto de princípios particulares e nem acomodativa, com uma proposta religiosa de inserção de conteúdos que não permitem que o Espírito avance intelecto-moralmente.
O termo Religião destoa frontalmente do aspecto Científico-filosófico,de consequências morais da Doutrina Espírita.
O Espiritismo é uma Ciência experimental;ele não foi constituído sobre idéias preconcebidas;não é obra de um homem nem de uma seita e sim,um produto direto da observação.
A certeza da imortalidade do ser pensante surge radiante do estudo dos fatos.Está provado que o "eu" consciente sobrevive à morte,que aquilo que constitui verdadeiramente o homem não é atingido pela desagregação do corpo e que,na vida de além-túmulo,a individualidade humana persiste em sua integralidade.
É esse "eu" consciente que adquire,por sua vontade,todas as virtudes e todas as ciências que lhe são indispensáveis para se elevar na escala dos seres.A Criação não está limitada à fraca parte que os nossos instrumentos nos permitem descobrir;como habitantes exclusivos deste pequeno globo,o Espiritismo demonstra que somos "cidadãos do Universo".
Vamos do simples ao composto.Partindo do estado mais rudimentário,aos poucos nos elevamos à dignidade de seres responsáveis;cada conhecimento novo que, em nós, se fixa,permitem-nos entrever horizontes mais vastos e gozar de uma felicidade mais perfeita.Longe de colocarmos o nosso ideal na ociosidade beata e eterna,acreditamos que a suprema felicidade consiste na atividade incessante do Espírito,na ciência cada vez maior e no amor que desenvolvemos por nossos irmãos,à medida que avançamos no árduo caminho do progresso.
Compreende-se que essas idéias nos obriguem a admitir a pluralidade das existências e a negação completa de um paraíso circunscrito ou de um inferno qualquer.

Quando se pensa na possibilidade de se viver grande número de vezes na Terra,com corpos humanos diferentes,essa idéia,a princípio,parece absurda;mas quando se reflete na soma enorme de conquistas intelectuais que devem possuir os povos civilizados,na distância que separa o selvagem e o homem instruído,na lentidão com que se adquire um hábito,vê-se desenhar a evolução dos seres e concebem-se as vidas múltiplas e sucessivas,como uma necessidade absoluta que se impõe ao Espírito,tanto para adquirir a sabedoria como para a correção de suas imperfeições, exercitadas anteriormente.A vida da alma,encarada sob este ponto de vista,demonstra que o mal não existe ou,antes,que ele é criado por nós e é resultante da nossa ignorância.
Existem leis eternas que não devemos transgredir;mas,se não nos conformamos com elas,temos eternamente a faculdade de repararmos,por novos aprendizados e esforços,as nossas imperfeições.É por provas inumeráveis que todos nós devemos passar,que chegaremos à felicidade,apanágio de todos os seres viventes.

A Filosofia Espírita alenta o coração;considera os infelizes,os deserdados deste mundo,como irmãos a quem devemos apoiar.É colocando-nos neste ponto de vista,que afirmamos ser uma simples questão de tempo,a distância que o selvagem mais embrutecido e o homem de gênio de um país civilizado.No domínio Moral,dá-se ainda o mesmo fato: perversos como Nero e Calígula,podem e devem,no futuro,elevarem-se espiritualmente,ininterruptamente,a luminosos destinos,que se perdem ao infinito.
O egoísmo é inteiramente destruído pelo Espiritismo.Esta Doutrina proclama que ninguém pode ser feliz se não amar seus irmãos e se os ajudar a progredirem moral e intelectualmente.Na lenta evolução das existências,podemos ser,por diversas vezes e reciprocamente,pai,mãe,esposo,filhos,irmãos,etc.Os efeitos diferentes que essas posições diversas fazem nascer,cimentam nos corações,laços poderosos de amor.
É pelo auxílio mutuamente prestado,que podemos adquirir as virtudes necessárias ao nosso adiantamento espiritual.
Nenhuma filosofia se elevou ainda a tão grandiosa concepção da vida universal,nenhuma nos ofereceu ainda Moral tão pura! Por isso,a Doutrina Espírita se apresenta ao mundo,apoiada nas bases inabaláveis da certeza científica.


O Espiritismo é uma Ciência progressiva,baseia-se no Ensino dos Espíritos e na análise minuciosa dos fatos.Não tem dogmas nem conteúdos doutrinários cuja discussão seja interdita;além da comunicação entre os vivos e os mortos e do príncipio da reencarnação,que estão absolutamente demonstrados,a Doutrina admite todas as teorias racionais que se referem à origem e ao futuro da alma.Em uma palavra,existe um critério metodológico de aferição:"CUEE"(Controle Universal do Ensino dos Espíritos)que nos permitem acompanhar os avanços de vários campos do saber humano.Ensejando-nos uma superioridade incontestável sobre as outras filosofias,cujos adeptos se conservam encerrados em estreitas malhas.


Analisemos sob o prisma da Filosofia Espírita,o termo "Evangelizar".
Seu contexto tem uma significação pedagógica e uma aplicabilidade, que resultem em nossa melhoria moral e,certamente,como suporte, em nossa Reforma Íntima?

Em minha opinião pessoal,percebo que "Evangelizar" se tornou uma mera repetição das Escrituras:apenas nos "instrui" em conteúdos que nos exercitam numa memorização de certas passagens da vida de Jesus e, no que ele propagou como sendo verdades espirituais da Lei de Deus.Os Evangelizadores nos apresentam um contexto que deveria ser moralizante,em forma de expressões que devem pairar em nossas mentes,como sendo de autoria do Mestre Jesus e, por isso mesmo,veneradas, se traduzindo numa deificação de um simples mensageiro, do que, propriamente,uma proposta pedagógica de se estudar e praticar a Lei de de Deus,através do Ensino Moral.

terça-feira, 16 de junho de 2009

COLÔNIAS ESPIRITUAIS:FANTASIAS ANÍMICAS DE CHICO?


Fiz uma série de adaptações em seus conteúdos para melhor aproveitamento de nosso entendimento.

Erraticidade e fantasias espirituais


Autor: Iso Jorge Teixeira.

Que acontece com a alma após a morte? A dos bons irão para o céu e a dos maus para o inferno? Haveria um purgatório, um lugar determinado para a ascensão ao céu ou como preparativo para a reencarnação, daquelas almas necessitadas de purificação?
Essas perguntas, exceto, a primeira, seriam respondidas com um 'sim', pela maioria dos religiosos brasileiros...

Curiosamente, alguns confrades sincretizam tais conceitos de 'céu, inferno e purgatório' e admitem coisas semelhantes àquelas descritas em 'A Divina Comédia' – do obscurantismo medieval –dizendo que, após a morte, seremos encaminhados para um 'Pronto-socorro espiritual' e, daí, para 'colônias espirituais'. No entanto, não é isso que está explícito e implícito na Doutrina dos Espíritos; por isso, julgamos importante tratar aqui da questão básica relativa à erraticidade e a dos Espíritos errantes...

As chamadas 'colônias espirituais' são de existência questionável
Há uma grande falha em nosso Movimento Espírita, ao admitir que fiquemos, quase enclausurados em 'colônias espirituais', a receber conselhos de Espíritos; como se aí estivéssemos encarnados.Até um tal 'vale dos suicidas', é creditado como verdadeira Doutrina dos Espíritos!Contudo, nas obras de KARDEC, não há a menor referência nem às colônias espirituais nem ao vale dos suicidas. Seria uma omissão imperdoável da Espiritualidade Superior?

Acreditamos em que, ao desencarnarmos, a nova vida é eminentemente espiritual, nada de mundos especiais: 'cópias aperfeiçoadas dos objetos da Terra', como dizem alguns confrades. O mundo da erraticidade é um mundo de reflexão, em que nos preparamos para uma nova encarnação, mas essa preparação não tem nada de material.

Alguns argumentam que aqueles Espíritos mais terra-a-terra, não conseguiriam viver sem a matéria. Ora, se não conseguirem viver sem a matéria, ao desencarnarem não sairão daqui do orbe terrestre?

"O Umbral – continuou ele, solícito – começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.”

Mais adiante, diz também:

“... O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima, a prestações, o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena."
(Livro 'Nosso Lar' - Espírito André Luiz)

O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Por Allan Kardec - tradução de José Herculano Pires.

IX - Paraíso,Inferno,Purgatório,Paraíso perdido.

1011. Um lugar circunscrito no Universo, está destinado às penas e aos gozos dos Espíritos, de acordo com os seus méritos?

— Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo, o principio de sua própria felicidade ou infelicidade. E como eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes, segundo o grau de evolução do mundo que habitam.

1012. De acordo com isso, o inferno e o paraíso não existiriam como os homens os representam?

— Não são mais do que figuras: os Espíritos felizes e infelizes estão por toda parte. Entretanto, como já o dissemos também, os Espíritos da mesma ordem se reúnem por simpatia. Mas podem reunir-se onde quiserem, quando perfeitos.

Comentário de Kardec: A localização absoluta dos lugares de penas e de recompensas só existe na imaginação dos homens. Provém da sua tendência de materializar e circunscrever as coisas cuja natureza infinita não podem compreender.

1013. O que se deve entender por purgatório?

— Dores físicas e morais: é o tempo da expiação. É quase sempre na Terra que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos faz expiar as vossas faltas.

Comentário de Kardec: Aquilo que o homem chama 'purgatório', é também uma figura pela qual se deve entender, não algum lugar determinado, mas o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em expiação até a purificação completa que deve elevá-los ao plano dos Espíritos felizes. Operando-se essa purificação nas diversas encarnações, o purgatório consiste nas provas da vida corpórea.

1014. Como se explica que os Espíritos que revelam superioridade por sua linguagem, tenham respondido a pessoas bastante sérias, a respeito do inferno e do purgatório, de acordo com as idéias vulgarmente admitidas?

— Eles falam uma linguagem que possa ser compreendida pelas pessoas que os interrogam. Quando essas pessoas estão muito imbuídas de certas idéias, eles não querem chocá-las muito rudemente, para não ferir as suas convicções. Se um Espírito fosse dizer, sem precauções oratórias, a um muçulmano, que Maomé não era um profeta, seria muito mal recebido.

1014 – a) Concebe-se isso da parte dos Espíritos que desejam instruir-nos. Mas como se explica que Espíritos interrogados sobre a sua situação tenham respondido que sofriam as torturas do inferno ou do purgatório?

— Quando eles são inferiores e não estão completamente desmaterializados, conservam uma parte de suas idéias terrenas e traduzem as suas impressões pelos termos que lhes são familiares. Encontram-se num meio que não lhes permite sondar o futuro senão, de maneira deficiente. Essa é a causa por que, em geral, os Espíritos errantes, ou recentemente libertados, falam como teriam feito se estivessem na vida carnal. Inferno pode traduzir-se por uma vida de provas extremamente penosas, com a incerteza de melhora; purgatório, por uma vida também de provas, mas com a consciência de um futuro melhor. Quando sofres uma grande dor, não dizes que sofres como um danado? Não são mais do que palavras, sempre em sentido figurado.


Portanto,os tais informes espirituais referentes a Umbral,colônias e vales destoam da Codificação.


CIÊNCIA ESPÍRITA EM FACE DA RAZÃO E DO CONTROLE UNIVERSAL

Por vezes, adota-se um conceito absoluto de razão, do qual provém o qualificativo racional. No Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano, o verbete razão apresenta inúmeras acepções e variadíssimo conteúdo semântico. Não obstante, logo na primeira entrada, tem-se por razão o "referencial de orientação do homem, em todos os campos em que seja possível a indagação ou a investigação, de tal jeito que ela corresponde a "uma ‘faculdade’ própria do homem, que o distingue dos animais". Outrossim, da noção de razão derivam a de racional e a de razoável. Ora, o racional constitui aquilo proveniente da razão ou dela correlato, enquanto o razoável compõe aquilo capaz de gravitar em torno dela, sem, no entanto, perder o ponto de tangência.


Não há, portanto, absolutizar o conceito de razão, pois tudo quanto se afigure assimilável pela razão deve ser considerado racional, quando o objeto não discrepar ora do senso comum ora do bom senso. Desse modo, racional se torna aquilo admitido pela razoabilidade, embora, a razão em si mesma, não constitua a demonstração da verdade. Somente quando a razão, como faculdade, logra aproximar-se da percepção e da sensação, como realidade apresentada, pode-se interceptar de alguma forma a verdade. Ora, afigura-se importante ser razoável para ser racional e entrever a razão.


Decerto, as obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, devem ser estudadas, assim como acuradamente comparadas às da Codificação Espírita, porém, dentro das margens de razoabilidade. Não obstante, o articulista, cujas páginas mais parecem um repreensão à mediunidade de Francisco Cândido Xavier, está convicto de que existem nos livros atribuídos a André Luiz "situações ingênuas cientificamente" e devidas ao animismo do notável médium de Pedro Leopoldo. Por outro lado, de tão convicto o observador e de tão verazes as ingenuidades, não as revela ou menciona sequer de relance, a fim de que as analise o leitor. Houve também uma inadvertência do açodado articulista: se houve animismo daquele médium, houve também de Waldo Vieira, cuja personalidade não tinha por hábito e nem terá de padecer "misticismo católico", muito menos agora. Em pelo menos três livros da série, ambos os médiuns, laboraram em conjunto: Sexo e Destino, Evolução em Dois Mundos e Mecanismos da Mediunidade.

Para escapar ao argumento, o médium deverá recorrer a duas hipóteses, muito ao gosto do consumidor, consoante diria o Padre Quevedo: I) houve fraude liberada e deliberada de Waldo Vieira, sob assédio do "misticismo católico" de Chico Xavier; II) houve manipulação dos textos pela FEB, sob o beneplácito dos médiuns. Sobre tal enfoque, Waldo Vieira nunca se manifestou, nem mesmo após haver-se tornado apóstata(renúncia ao rótulo de espírita) do Espiritismo. Como aplicar a ambos, a hipótese do animismo por "misticismo católico"? Seria animismo duplo em personalidades assaz distintas?

Outrossim, o articulista, de muita cultura e de extenso lastro médico, por ser livre-docente de Psicopatologia e de Psiquiatria, como se pode notar em muitos e bons artigos em que trata conjuntamente da mediunidade e da própria especialidade, assinalou algo de suma importância à pesquisa científica:

Todo ESTUDO realmente CIENTÍFICO, não deve partir para uma busca daquilo que "queremos" encontrar; senão, encontraremos exatamente aquilo que "desejamos"; ora, os nossos DESEJOS, os nossos AFETOS não devem contaminar um estudo científico. Todo estudo deve partir com AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS, como recomendava o grande filósofo alemão KARL JASPERS, baseado no também filósofo EDMUND HUSSERL.

Há uma sentença mais verdadeira e mais adequada à problemática? Decerto, parte-se da noção de neutralidade científica, cuja verdadeira existência parece extremamente dubitável, da mesma forma, como parece inexistir a decantada neutralidade axiológica. Ora, como examinar a ausência de pressupostos, se ela mesma se constitui em um pressuposto, usando-se aqui um raciocínio de Bertrand Russel? Se aqui se parte do pressuposto de que existem as colônias espirituais, o articulista partiu, a seu turno, da premissa de que elas não existem. Onde a ausência de pressupostos no exame do problema, sem usar-se aqui o método parenético de Antônio Vieira, o respeitável orador barroco?

Simplesmente,pelo estudo dos conhecimentos espirituais existentes,embasados em LEIS NATURAIS,encontrados na CODIFICAÇÃO ESPÍRITA.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ESCLARECENDO A NOSSA RAZÃO.


Se a religião,a princípio apropriada aos conhecimentos limitados dos homens,tivesse sempre seguido o desenvolvimento progressivo do espírito humano,não haveria incrédulos porque a necessidade de crer está na própria natureza do homem e ele sempre crerá,desde que lhe deem o alimento espiritual em harmonia com as suas exigências intelectuais.Ele quer saber 'de onde veio e para onde vai'!
O Espiritismo nos oferece o que há de melhor e, é por isso, que se vê acolhido ansiosamente, por todos os que se atormentam com a incerteza pungente da dúvida;não encontrando nas crenças religiosas e nas filosofias vulgares,aquilo que procuram.
A Doutrina Espírita tem a seu favor,a lógica do raciocínio e a prova dos fatos.É por isso que inutilmente tem sido combatido.
Kardec já deixou patente a distinção clara de que a sustentabilidade da Doutrina,se firma em uma BASE INAMOVÍVEL,porque está nas LEIS NATURAIS.Muitos se contradizem ao afirmar o contrário,com suas teses sobre ser uma religião e também cristã.
Essa BASE CIENTÍFICA,adota um princípio metodológico:CUEE,que determina que,seu VALOR UNIVERSAL seja válido,independentemente,de contexto social,da época e do lugar,porque se trata de PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS que compõem a LEI DE DEUS.
O Espiritismo não está a mercê da falibilidade dos conhecimentos humanos,para se firmar enquanto Doutrina.Em seu sentido PROGRESSISTA,ela avança,acompanhando NOVAS DESCOBERTAS,em variados campos do saber humano.
Se fosse RELIGIÃO e CRISTÃO,estaria fatalmente relegado a nulidez de seus conteúdos doutrinários(princípios particulares);por não estarem respaldados nas LEIS NATURAIS e,assim,NÃO PODERIAM ENCARAR A RAZÃO,FACE A FACE,EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE.
A Doutrina ainda nos disponibiliza as ferramentas de estudos e pesquisas em seu contexto CIENTÍFICO-FILOSÓFICO,de CONSEQUÊNCIAS MORAIS.Não se confundir MORAL com religião.